As Populações Tradicionais nas Áreas da Reserva da Biosfera.
Um Processo de Amadurecimento
Texto - Pe. João 30 e fotos da População Tradicional da Região de Cananéia...
A Política Ambientalista veio para administrar a carência. De repente, o ser humano começou a se dar conta de que sua voracidade de explorar fontes consideradas inesgotáveis e invadir cada vez mais áreas ainda intactas estava trazendo grandes prejuízos para a qualidade de vida na Terra, esgotando fontes, poluindo ares, águas e terras, depredando imensas regiões do Planeta e exterminando muitas espécies de animais e plantas.
Outros grupos humanos já há mais tempo, tinham começado uma política de preservar áreas excepcionalmente bonitas e ricas em flora e fauna. Parques Nacionais, há bastante tempo atrás, foram o início de uma política de preservar áreas, excluindo-as da circulação e exploração humanas. Se quisessem guardá-las intactas para as futuras gerações, devia ser proibida a entrada dos grupos humanos, cedendo licenças somente a pesquisadores. Este modelo de parques e duma política conservacionista, herdamos do Primeiro Mundo e de modo especial dos EUA, a partir de uma tradição conquistadora e de exploração. Essa política correspondia à realidade e por isso, consegue manter-se até os dias de hoje.
Em segundo lugar, salvo felizes exceções, o mundo da intelectualidade, até hoje, guarda uma tradição de claro desprezo pelas populações “primitivas”, cabocla, caipira e caiçara. Aurélio coloca em primeiro lugar significados negativos dessas palavras para indicar parte da população brasileira.
Não estou escrevendo esta história para denegrir os heróis que com muito sacrifício deram início à nossa Política Ambiental e à criação de Parques e demais Unidades de Conservação. Devo, porém, demonstrar de onde se origina o processo difícil de aprender a valorizar essa parte da nossa população materialmente mais pobre, mas que até hoje luta, até contra os ambientalistas, para proteger os locais onde vive há tanto tempo.
Existe um claro conflito .....

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Pelo Decreto Estadual 40.319, de 3/7/1962
- Da parte da Procuradoria do Patrimônio Imobiliário, de São Paulo, 19 de novembro de 1969
- Motivo 3º, sobre a Área, .... A maior parte dos ocupantes alega possuir título hábil, cuja validade, como é obvio, só no procedimento discriminatório poderá ser aquilatada, ....
Pouquíssimos moradores ficaram morando no entorno da ilha, onde há séculos viveram da lavoura. As populações de Itacuruça, Ipanema, Camburiú, Lagem e da Restinga se mantiveram, porque, como pescadores artesanais, não viviam em primeiro lugar “da roça”. Todas as famílias sempre fizeram suas roças, anualmente, mas agora esse costume ficou duramente ameaçado. Um só morador de Camburiu se manteve como lavrador; As famílias do bairro de Lagem diminuíram as roças por medo de serem perseguidas no lugar onde queriam se manter, mesmo com duras restrições. Em Marujá, ainda uma ou duas vêzes fez-se uma roça comunitária de arroz. As mulheres de Marujá continuaram a insistir no plantio de “rama”, para fabricar sua famosa farinha de mandioca. Até que umas multas altamente ofensivas puseram medo no povo e essa cultura por ora desapareceu levando ao desaparecimento traços culturais do povo caiçara. (Vide: Anexo 5.)
Por que tratar essa questão do domínio neste artigo sobre os moradores tradicionais? Porque essas questões caem exatamente em cima deles criando inúmeros problemas, dúvidas e medo.
O Governo, gente de fora e com muito poder, de repente, declara “Unidade de Conservação” o local onde um povo simples vive há séculos, sem perguntar nada aos moradores e conservadores reais dessa região mas intervindo radicalmente na vida da população. De repente, surgem regras e restrições; o povo se sente ameaçado, não entende como pode se defender nem tem quem o defenda.
Mas, por que defender a permanência da População Tradicional nessas Unidades de Conservação? Só porque hoje não temos outra solução?
Outra solução é possível, se o governo desistir de impor soluções e começar a tratar também essas populações como cidadãos de primeira classe, porque não há numa nação, cidadãos de classes inferior e superior! Os direitos adquiridos são coisa séria para quem quer bem a um povo.
Se quisermos conhecer as riquezas das plantas e os segredos da fauna, teremos de aprender a conviver respeitosamente com os moradores tradicionais. Teremos de admitir que criaram quase espontaneamente diversos tipos de arroz, de mandioca etc., e não exterminaram nenhuma espécie. Respeitam os ciclos da procriação e não caçam para esnobar ou para ganhar em competições de caça ou pesca.
O morador tradicional é então um santo?
Um exemplo que é muito comentado em reuniões com pescadores artesanais, é a diferença entre os “catarinas” que ficaram nas praias de Santa Catarina e que protegem o Meio Ambiente e brigam pela preservação e os colegas “catarinas” que embarcam nos barcos da pesca empresarial e depredam todas as costas do Brasil, ou que são levados por empresários a pescar tainhas ou camarões na Lagoa dos Patos na hora do defeso do camarão em Santa Catarina. Não respeitam nada e avançam como se quisessem captar a última tainha e o último camarão antes do dia terminar. Depois de deixar as vilas onde estavam integradas na comunidade e na natureza, tornaram-se exploradores e predadores pela pressão do capitalismo e pelo tipo de pesca empresarial que temos no Brasil.
Mas, o povo da cidade não quer a vida dura do sítio, a pobreza e a falta de conforto.

É importante para as populações que haja uma assessoria adequada e permanente. As mudanças são tantas e as pressões terríveis. Ser multado no lugar onde sempre viveu, é humilhante e provoca medo por fora e revolta por dentro, sem poder rebater. Valorizar o aspecto humano é dever da Política de Preservação, e é isto o que devem aprender os ambientalistas!
Como ANEXOS, serão copiados alguns trechos de documentos produzidos junto com a população tradicional da Ilha do Cardoso em situações bem concretas. O escrito é do autor deste artigo, mas a questão trazida e seu conteúdo é da população local. São textos das ocasiões de conflito e sofrimento. São propostas desta população que conhece a realidade de sua vida emperrada ou quase impedida de prosseguir.

“A cultura do povo caiçara está sendo ameaçada permanentemente. Somos caiçaras e queremos viver conforme a nossa cultura e modo de ser. Muitos bairros esvaziam-se pela necessidade dos filhos poderem estudar. Os recursos de conforto em nossos bairros são mínimos e os jovens, em primeiro momento, apostam na TV e na vida na cidade. Passamos por esse conflito cultural, mas queremos manter e aprofundar a nossa cultura.
Nós lutamos, há mais de vinte anos, para guardar e aprofundar a nossa cultura, porque ela é nosso modo de viver e de nos organizar, a maneira que cabe na nossa pele e está de acordo com o nosso coração e nossa mente.
Durante estes anos, em que estamos impedidos de reconstruir as nossas casas, nos revezamos na Capela de Santo André. Cada fim de semana, uma família ocupa a Capela para passar esse fim de semana na Ilha. No tempo das férias, o pessoal se acumula nas três casas e na capela. Mas isso não é como deve ser!
Não é por falta de interesse, mas pelo empobrecimento, que estamos com dificuldades. O povo de pescadores artesanais, a pesca, tudo empobreceu. Isso também se deve ao descaso da política do governo, dessa vez pela falta de conhecimento e capacidade do IBAMA, que não entende de pesca nem de pobres!



“Esta região em pauta, em torno da ilha da Casca, mais o trecho do Canal que leva a Marujá e Ariri enquanto está interligado à região do Bom Bicho, Retiro e o Rio de Itapanhoapina, com todos as suas ilhas de mângues e barras de rios, é uma área de imenso valor para a criação e o crescimento de peixes, caranguejos, ostras e outros moluscos. Essa região deve ser preservada como criadouro. Por duas razões, e ambas são muito claras para nós que subscrevemos este Documento, os poucos pescadores artesanais que moram nesta área, devem poder pescar, pegar caranguejos e retirar ostras e outros moluscos, sempre em acordo com as portarias normais que visam os defesos e a proteção das espécies e do ecossistema: 1. estes pescadores em nada depredam este ecossistema mas vivem desta região que é seu habitat natural e exploram a riqueza da região de uma maneira muito simples, sem depredá-la conforme os hábitos caiçaras. 2. Além disso, eles são os defensores naturais da área. Uma área onde ninguém pode atuar, é uma área desprotegida, exposta a predações.

Também a pesca amadora não deve poder atuar em áreas de criação, como infelizmente está acontecendo por demais. Robalinhos de 15 a 20 cms continuam sendo pescados em grande quantidade e há muito turista que “arma” pescadores profissionais com petrechos caros ou tem o seu próprio gerival.
Esta é a primeira vez que estamos sendo ouvidos. Um fato que nos alegrou muito! Que isso possa levar às decisões certas e ser seguido por outras consultas e levar a uma atuação mais concreta da parte das autoridades encarregadas da política pesqueira.”
As leis são boas, para o pessoas modernas que plantam para ter lucro e propriedade. Isso não é o nosso jeito de tratar a terra e de cultivá-la.
Não é em escola e menos ainda em cidade e no meio dos doutores que se aprende como nós tratamos o meio ambiente que ainda existe intacto e inteiro, como se pode constatar nas terras de nossa gente. A capoeira já está alta quando nós a desmatamos novamente, porque deixamo-la crescer por bom número de anos! É o tempo que a terra precisa para descansar!
Depois de um ou dois anos de cultivo, nós abandonamos a terra para que ela se recupere e ninguém de nós desrespeita a terra que precisa recuperar-se depois que produziu para nós. A terra faz um esforço maior e depois descansa! Por isso, cada um que quer vê-lo, percebe que nós não depredamos nem destruímos.
Faz mais de dez anos, que planto mandioca e às vêzes arroz neste trecho da Estrada do Torrado. Depois a terra se refaz e voltamos a plantar aí somente depois de cinco a sete anos. Isto depende da qualidade da terra que nós aprendemos a apreciar assim.”

“Por meio deste, o Pescador XXXXX XXX XXXXXX XXXXXXXXX, mui respeitosamente, vem apresentar recurso contra a Autuação que sofreu no dia 26 de agosto p.p., quando estava buscando a pegar uns peixes - paratis - para o almoço de sua família.
Pede também, seja lhe devolvida a rede apreendida nesta autuação que não deveria ter acontecido assim.
Reclama, ainda, contra o fato de ter sido autuado por não estar portando a documentação (RGP).

O abaixo-assinado não cometeu, também, nenhum crime contra a Ilha do Cardoso, da qual é um preservador, como morador tradicional e participante de todas as reuniões que tratam do manejo da Ilha do Cardoso. A Ilha do Cardoso é preservada pela população tradicional, especialmente neste bairro de Itacuruça, como todos bem sabem.
Não estava exercendo a pesca, somente pegando uns paratis para o almoço, o que significa que não fez nada que infringe as leis. Mesmo o fato de não estar portando o RGP, não pode ser visto como algo clandestino ou ato contra a lei: estava buscando uma mistura ( 3 paratis) para o almoço aos fundos do local onde mora.

Esta Colônia é de opinião que a Polícia Florestal deve estar a par dos entendimentos que há entre os Moradores Tradicionais das Áreas de Proteção Ambiental e a Secretaria do Meio Ambiente. Não discutimos a validade dessa lei, mas a sua aplicação depende das circunstâncias e primeiramente de quem é a pessoa que está pescando no Rio Perequê e se está lá por esporte, para fazer comércio com o produto ou se trata de um morador tradicional do local que está buscando completar o almoço de sua família.
Na esperança que o equívoco esteja esclarecido, a autuação seja revista e a rede, com as malhas de acordo com a lei, devolvida, pelo bem de todos e com todo respeito, assinam,

“Por meio deste, os abaixo-assinados, acima mencionados, mui respeitosamente vem pleitear sejam anulados os autos de infração ambiental contra os mesmos: Devem ter sido resultado de grande zelo da parte da Polícia Florestal desse destacamento, sem que ela estivesse informada da nossa Cultura Caiçara e da importância do Cultivo da Mandioca para a preservação dessa cultura:

2º Essas pequenas roças são uma necessidade dos moradores da Restinga e correspondem a toda a sua cultura caiçara de pescadores e lavradores, e ao papel das mulheres no sustento de suas famílias. O cultivo da mandioca e a fabricação da farinha são fatores essenciais de nossa cultura e não podem ser retirados de nosso estilo de vida. Pela mesma razão cultural, este cultivo da mandioca e a fabricação caseira da farinha servem exclusivamente para o uso das famílias do bairro e não são objeto de venda.

4º Os abaixo-assinados são moradores nativos da Ilha do Cardoso e sempre souberam usar os recursos naturais da forma mais racional possível dentro de uma visão de convivência com os mesmos e a prova disso é a conservação da Ilha, apesar de o Estado não apresentar nenhuma política de preservação.
6º Este Cultivo da mandioca dentro da Cultura Caiçara, está sendo objeto de estudo da parte da Escola de Agronomia de Piracicaba e tem recebido grande atenção em Simpósio sobre biogenética e o surgimento de novas espécies, no Japão, mas está sendo destruído pela falta de uma política ambiental da parte do estado de São Paulo.
É urgente uma política global de preservação da Ilha do Cardoso, da parte do Estado de São Paulo. Temos insistido nisso de muitas maneiras, sempre em vão”, e não agüentamos mais esse descaso. Enquanto somos os preservadores e protetores da Ilha, recebemos as multas de quem não sabem como executar uma política adequada.”
Anexo 6 : Há anos, o povo de Iguape, Cananéia e Guaraqueçaba luta por uma Portaria que proteja de fato o caranguejo da destruição que está ocorrendo. O Descaso do Ibama foi denunciado de muitas maneiras, mas sempre em vão. Esse tipo de coisas, revolta a população que se acostumou a uma séria de restrições e constata que outros fazem o que bem entendem sem que nada lhes aconteça.
“Novamente, um grupo de pessoas, que seriam do Estado de Rio de Janeiro, vem depredando os Mangues e os Caranguejos.
Com a extração radical dos Caranguejos, é destruído o mangue, uma vez que as tocas se fecham, a circulação vertical da água fica obstruída, assim que a camada de barro duro de uns sessenta a setenta centímetros de grossura se desmancha e com e ela toda a possibilidade de arborização do mangue se desfaz.
A Portaria Nº 106-N, de 4 de outubro de 1993, já é pobre e insuficiente e deve ser ampliada em função de uma urgente proteção do caranguejo e do mangue como ecossistema.
O Art. 1º, incisos I e II, porém, são suficientes para a Polícia intervir e parar de vez essa destruição de que estamos falando acima.
Os pescadores do Bairro de Porto de Cubatão, Xxxxxx Xxxxxxxx e outros, podem contar como são usadas pedaços de filó e de algodão para caçar os caranguejos. Isto é contra inciso I.
Temos certeza que às vêzes tem sido usado carbureto, não como explosivo, mas como fonte de gaz tóxico, assim que os caranguejos subam das tocas enquanto os menores morrem em baixo e a população toda fica destruída.
Urge unirmos as forças e proteger o mais rico ecossistema marítimo existente no planeta e posteriormente buscar juntos a forma de um defeso adequado do caranguejo.
Por enquanto, estamos cobrando a ação da Polícia Florestal contra a depredação.
Anexo 7 : Transcrevo exemplos de posicionamentos da população tradicional do Parque Estadual da Ilha do Cardoso, produzidos em preparação das Reuniões sobre o Manejo da Ilha do Cardoso, neste ano de 1997. Suas lideranças tem idéias claras sobre a Ilha de que tanto gostam e que querem seja adequadamente preservada.
“12. Estranhamos muito do que se chama de “Ecoturismo”. Depois que os moradores tradicionais estiverem expulsos, em grande parte já até agora, os ricos inventam o Ecoturismo. Onde o pobre não pôde mais viver, os ricos fazem os seus passeios. Além disso, nós, moradores antigos e tradicionais da Ilha, moramos nas beiradas da Ilha. O centro da Ilha sempre pertenceu aos animais. Quando o morador antigo ia caçar, voltava para a beirada da Ilha e os animais ficavam sem ser incomodados, no “centro”. Se os ricos agora inventam que podem fazer “trilhas” no “centro” da Ilha e tomar banhos nos poços da Cachoeira Grande, estarão depredando mais do que o antigo morador que de vez em quando ia caçar. Os animais maiores estarão incomodados no lugar de sua vida, em seus territórios, e serão espantados. Isso é depredação! No “centro” do Parque não há lugar para turistas que com certa freqüência vão passear lá. Isso é ridículo e desfaz o ecossistema do parque. Melhor tivessem deixado o povo morando em todas as beiradas da ilha, com suas pequenas plantações que davam sossego no “centro” e comida através das roças.


O Parque Estadual da Ilha do Cardoso, nossa terra natal, deve ser preservada e nós queremos fazer esse trabalho, junto com o Estado e todos que realmente querem a sua preservação. Mas enquanto a vida dos pobres do Brasil piora sempre mais, muita gente quer se abrigar neste Parque.
Por quê não estabelecer uma política de outras formas de sobrevivência e dum futuro decente para os moradores tradicionais que possam querer sair da Ilha se receberem chances de uma vida digna fora da Ilha? Os moradores que saíram temporariamente da Ilha para os filhos poderem estudar, são vistos depois como “já-não-moradores da Ilha”!
Os que ficaram, tem os filhos prejudicados pela falta de possibilidade de estudar além da Quarta Série. A Lei Estadual da Educação obriga o Estado de São Paulo a garantir o Primeiro Grau a todas as crianças, mas isso, para os moradores do Sul de Cananéia, é letra morta.
Deve haver uma política explicita de oferecer outras ocasiões para os que nasceram na Ilha, para poderem viver felizes em outros lugares.
9. A aquisição de instalações de água, luz e outras formas dos confortos modernos, deve ser possível, em acordo com os responsáveis pelo Parque. Morador tradicional, porém, não quer dizer “condenado a ficar atrasado”. Meio Ambiente é um conceito moderno de vida e os moradores da Ilha acompanham o tempo em que vivem.
11. Pode acontecer alguns intelectuais pensarem que somos uma cultura primitiva, vivendo sei lá de que maneira, como descendentes dos povos indígenas. Somos descendentes dos Guaranis, dos negros escravos de Cananéia e dos portugueses pobres que aqui ficaram, mas somos inteligentes. Só não almejamos a cultura sofrida das grandes cidades e a mentalidade de quem nunca está contente na vida.
CONCLUINDO:
O Objetivo maior é tentar tirar conclusões sem dúvida provisórias e incompletas, mas que possam ajudar-nos a compreender e tratar melhor as populações tradicionais.

Estes fatos, porém, não nos liberam de considerar as conclusões que aqui seguem:
1. As Populações das Áreas de Preservação Permanente, são preservadoras e defensoras das áreas e dos ecossistemas. Elas convivem com toda essa realidade da biosfera
2. Elas tem um conhecimento da natureza de uma maneira tal como os pesquisadores, obrigados a fazer “especializações”, nunca serão capazes de adquirir. Se quisermos aprofundar o nosso conhecimento verdadeiro dos ecossistemas e da Biosfera, teremos de aprender a fazer alianças e trabalhar em parcerias com o amplo conhecimento dessas populações.

Uma boa porcentagem dos ICMs, que os municípios recebem, deve ser aplicada em favor delas. Os municípios sofrem restrições sobre as áreas protegidas mas os habitantes dos parques muito mais.
5. As populações tradicionais devem ser integradas direta e indiretamente na política de preservação e manejo dos locais onde habitam. De repente, a política ambiental tornar-se-á capaz de preservar e de praticar os manejos desejados.
Repito ao fim: O Objetivo é abrir debate ....
Padre João Trinta - Cananéia, 19 de setembro de 1997
Que bom saber que não estamos sozinhos, nesta busca pelo debate das questões que envolvem o Caiçara dentro deste "Mundo Globalizado". Moro em Paraty e as populações tradicionais tb vivem esses problemas que vão desde sua condição como morador,até como a descaracterização de sua identidade dentro dessa cultura de massa. Quem sabe esse debate não tome proporções que esse Caiçara merece como um Cidadão do Mundo!
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