Os Senhores do Litoral
Ao Carijós: Seu território ia de Cananéia (SP) até a Lagoa dos Patos (RS). Considerados “o melhor gentio da costa”, foram receptivos à catequese. Isso não impediu sua escravização em massa por parte dos colonos de São Vicente. Em 1564, participaram de um grande ataque a São Paulo. Eram cerco de 100 mil.
[O Bacharel de Cananéia, Mestre Cosmo Fernandes, era o grande intermediário para este bom negócio.]
De: Brasil, uma História. A incrível saga de um país, Cópia da pág. 19, de Eduardo Bueno, Editora Ática, 2002.
".... tão mansos e pacíficos como os carijó “o melhor gentio da costa”. [pág. 16]
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UMA FESTA NA FRANÇA.
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UMA FESTA NA FRANÇA.
A surpresa não foi unicamente portuguesa: Já em 1504, o francês Paulmier de Gonneville levou para a França o filho de um líder Carijó, chamado Essomerig. Ele seria apenas o primeiro de uma longa série de nativos conduzidos a Paris, Rouen e Dieppe durante os seis décadas em que os franceses freqüentaram as costas brasileiras, traficando pau-brasil e permanentemente dispostos a estabelecer uma colônia em pleno coração do território português, fosse no Rio, fosse no Maranhão. [pág. 22.]
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Ao partirem de volta para a França, levaram consigo o jovem ‘príncipe’ Essomeriq (talvez Iça Mirim) filho do ‘cacique’ Arosca. Paulmier deveria trazer Essomeriq outra vez para o Brasil, no prazo de ‘vinte luas’ – tão logo o guerreiro tivesse aprendido a ‘fazer canhões’ com os franceses. Como naufragou no litoral de Normandia, Binot Paulmier de Gonneville jamais retornou à América. Essomeriq casou-se com a filha de seu ‘raptor’ e viveu por meio século na França. Morreu sem rever a sua terra natal, em 1583 – alegadamente com 94 anos de idade. [pág. 72]
Obs. 1ª de Pe. João: Se vê a diferença de intenções sobre a viagem do filho do cacique Arosco à França. O cacique queria que – em 20 luas – o filho aprendesse a fazer canhões, enquanto o francês planejava uma façanha exibindo o selvagem aos franceses.
Obs. 2ª de Pe. João: Esta historia – no ano que vem fará 500 anos – ficou guardada nos anais do mosteiro de Lisieux, uma importante paróquia da Normandia [Mais tarde seria o local que daria o nome a Sta. Terezinha de Lisieux]. Ali, no ano 1648, o bisneto Jean Paulmier de Courtonne, após longas pesquisas bem feitas, começou a estudar e escrever a historia de seu bisavó, o carijó Essomericq. Desse modo, a história ficou guardada até hoje.
Os Caçadores de Homens
Embora o auge das bandeiras tenha coincidido com o alvorecer do século XVII e se prolongado por todo esse século, o apresamento de indígenas sempre fez parte da história de São Paulo – na verdade, constituía sua própria essência. Antes de Martim Afonso fundar São Vicente, em 1532, o lugar já era conhecido como “Porto dos Escravos”, graças ao tráfico promovido por João Ramalho e pelo misterioso Bacharel de Cananéia – um degredado que teria sido o primeiro português a viver no Sul do Brasil [pág. 60]
Páginas 40-41: O reconhecimento da Nova Terra e Viagem de Martim Afonso de Souza
Páginas 60-61: A Escravatura dos indígenas.
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O Padre José de Anchieta relata em suas cartas, dados sobre os "Carijós".
O bairro de CARIJO nos acolhe para uma parada no meio de uma caminhada que não pode parar.
“Carijo” vem de Carijós, um povo indígena, guarani que tem qualidades fora do comum mas na história dos povos indígenas, também, sofreu fora do comum.
José de Anchieta menciona os Carijós na sua Carta de quadrimestre de maio a setembro de 1554, dirigida por Anchieta,Santo Ignácio de Loyola, Roma. Dia 1° de setembro de 1554, escrita em São Paulo de Piratininga.
............... Cópia de página 152 de: “Minhas Cartas", por José de Anchieta, por ocasião dos 450 anos da Cidade de São Paulo, no ano de 1554.
Cananéia/Sp, 2003 -Pe. João 30